quarta-feira, 27 de agosto de 2008

6ª Conferência de Direitos Humanos


Mais de 600 pessoas, entre delegados e convidados, lotaram o auditório do Parlatino, no Memorial da América Latina, neste final de semana, durante a 6ª Conferência Estadual de Direitos Humanos de São Paulo, organizada pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, em parceria com a sociedade civil organizada e a Assembléia Legislativa. Diversidade e representatividade de todas as regiões do Estado marcaram os três dias de debate. Da capital e das 18 regiões de São Paulo vieram representantes de religiões de matriz africana, moradores de rua, sem-terra, povos indígenas, crianças e adolescentes, segmento LGBT, mulheres, negros, ciganos e pessoas com deficiência. O Poder Público também estava representado por sete defensores públicos, mais de 30 policiais militares, integrantes do Ministério Público e Judiciários, representantes das secretarias da Justiça, Educação, Saúde, Assistência Social, Assuntos Penitenciários, Fundação Casa, entre outros.


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Foto: Pai Walter de Odé Nitá (Presidente da FIUTCAB) e Ekedji Ogun Ladê
(Filipe Gama/SJDC)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

CONGRESSO INTERESTADUAL DA CULTURA AFRO BRASILEIRA


A FIUTCAB estará promovendo o Congresso Estadual das Tradições e Cultura Afro Brasileiras, nos dias 11 e 12 de outubro de 2008.

O tema central será:
RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS E O MEIO AMBIENTE.

Será Realizado no Complexo Cultural Argos - Sala Elis Regina.
Aguarde maiores informações sobre a programação!
Departamento de Comunicação da FIUTCAB

Jurema do Acais - Preservação Cultural Ameaçada


A palavra catimbó significa, em tupi-guarani, Caa “cipó” e Timbó “torpor semelhante à morte”.
O catimbó é uma expressão religiosa eclética e tipicamente brasileira. A origem do catimbó está estreitamente relacionada com a pequena cidade de Alhandra, município que fica a poucos quilômetros da cidade de João Pessoa, na Paraíba, nordeste do Brasil. Esta cidade é o berço de dois famosos catimbozeiros; Maria do Acaes e Manoel Inácio, responsáveis pela propagação do catimbó na região. Depois de falecer, Maria Rodrigues da Silva ou “Maria do Acaes” virou uma Mestra que se “acosta” (incorpora) em alguns médiuns durante os trabalhos e matriarca de uma linhagem de catimbozeiros.
Assim como as religiões africanas o catimbó também foi alvo de perseguições na década de 30. Há relatos de prisões dos adeptos, fechamento dos terreiros e apreensão dos objetos rituais.
As práticas do Catimbó geralmente são marcadas por alguns aspectos característicos: os linhos, ou cantigas, o uso ritual do tabaco, a ingestão da bebida Jurema sagrada feita com partes da arvore da Jurema e o transe de possessão pelos Mestres e outras entidades.

Atualmente a destruição e a depredação ambiental estão acabando com a Cidade Encantada da Jurema, o Acais, onde estão plantadas as raízes deste culto. As árvores sagradas estão sendo derrubadas e as casas de antigos juremeiros consagrados mestres estão abandonadas.

Segundo a Juremeira Joana: "O descaso das autoridades de nossa cidade de nosso País com a nossa religião, e com nossa cultura, é uma caso deveras preocupante. A exemplo do que aconteceu com os Templos de Candomblé no Rio de Janeiro e Salvador, o vandalismo chega a nossa cidade".

A FIUTCAB se une na luta pela preservação cultural da Jurema do Acais e convoca as autoridades responsáveis pela cultura nacional a se mobilizarem e promoverem ações afirmativas para que esta cultura tão típica de nosso pais não fique no esquecimento.

Rafael Vertuan
Jornalista / Depto Com. FIUTCAB
Apòóssi Ilé Asé Odé Nitá

Maiores informações no blog - http://acaiscidadeencanta.blogspot.com/